Eu olhava em volta e era só eu.
Eu, o vento frio ( mas muito aconchegante ) e a luz amarelada do poste.
Rente ao lago, a plaquinha escrita " proibido entrar no lago " nunca foi respeitada e isso sempre me fez rir.
É tão estranho o quanto o reflexo da luz amarela na água negra é lindo. A movimentação da água transforma o reflexo em milhões de feixes de luz.
E o som da água mansa encostando nas pedras é como uma canção de ninar : leve e calma.
Sempre fui muito detalista, daqueles que consegue ver à fundo o que muitos acham bonito. Me comunico com o íntimo, o âmago da beleza e deixo que ela fale por si. É a minha forma de valorizar o que está à nossa volta.
Fico tão feliz por ser como sou, que se tivesse o dom da escolha não mudaria por nada.
Sou como uma roda d'água que só gira por estímulo. Por causa da água. Água negra de um lado calmo.
Beijos molhados , remetente.







2 comentários:
lindíssimo guh
fikei encantando com a expressão
"giro por estímulos"
bjos, está mara o blog, nao deixe de escrever...
faça com que a escrita seja seus estímulos, para sempre girar...
Obrigado querido, obrigado mesmo. Pode deixar que a roda nunca vai parar de girar, ok ?
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