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Adventures in solitude


A vida se resume em acreditar em algo. Ela se baseia nisso. Algumas pessoas acreditam que se fizerem o seu nome valer a pena, seu nome ser notado, elas terão mudado algo. Algumas outras se contentam em ter um trabalho que renda frutos duradouros e assim, podem passar sua velhice de uma forma confortável com a recompensa de uma vida onde o trabalho lhes proporcionou aquilo.
Eu acredito no amor. Acredito que o amor pode mudar, salvar e dar continuidade à minha vida. Acredito que se eu encontrar minha cara metade, ou apenas saber que ela existe, eu posso ter uma vida confortável pelo resto dos meus dias aqui nesse mundo frio.
Talvez, um dia, eu possa mudar de ideia, mas isto é o que me prende agora. É o que me prende e é o que me liberta. É o paradoxo de extremos que se ligam pelas diferenças.
Talvez, um dia, eu possa rir abraçado com quem amo e assim, me sentir completo. Me sentir como alguém que vive bem e vive da forma que queria ter vivido.
O sonho do amor, ainda perturba minhas noites. Ainda ocupa minha mente durante algumas horas do dia. É o que penso durante o dia, durante a tarde, durante a madrugada e durante o sono.
Ouvi uma história,  revendo o filme “O amor pede passagem”, que um vietnamita teve seus pais mortos na guerra do Vietnam com os Estados Unidos. Ele, depois de ter sua família devastada por um simples acaso, teve que se mudar para a América do Norte – Estados Unidos da América, para ser mais exato – para reconstruir sua vida. A falta de opção, o levou para lá. Como um dente de leão levado ao vento para onde o mesmo escolhesse.
Este homem, virou monge, cresceu e viveu dentro de uma população que destruiu seu destino e até mesmo seus sonhos infantis. E ele aprendeu a ser feliz assim.
É isso que vou fazer. Vou deixar todo o meu sonho, tudo o que quis um dia pra mim, para viver minha vida. Mesmo que isto me cause náuseas, mesmo que isto me entristeça no começo.
Vou viver conforme a sociedade pede que eu seja, a mesma sociedade que um dia destruiu meu sonho, que um dia jogou pedras em mim por estar vestido de forma diferente.
Vou me transformar no modelo de um homem perfeito. No modelo de homossexual que as pessoas querem ver. Cortei os cabelos e com eles cortei antigos hábitos.
A partir de hoje, o Gustavo vai ser apenas normal. Apenas uma pessoa comum.
E por quê?
Porque eu quero encontrar o meu amor, encontrar a minha vida. Encontrar o que me completa. Independente do que eu tenha que mudar. Acredito que minha mudança trará mudanças. Acredito que minha plantação neste solo que um dia foi fértil, vá trazer frutos que vão me satisfazer pela minha velhice.
O amor pode me mudar, pode me completar. Apenas ele. Independente de quantas rasteiras tive que tomar, independente da quantidade de tombos e tropeços que tive, levantei o queixo e limpei os joelhos ralados.
 Minha mente pede para que eu continue deitado no chão, para evitar uma outra decepção. Mas sei que tenho que levantar para ver quem está na minha frente nesta estrada. Para poder ver se consigo alcançar aquela pessoa que pode me completar enquanto caminho sozinho.
Se isto não for o certo, eu vou saber, da mesma forma que mudei um dia. Da mesma forma que deixei de ser o garoto normal, para me transformar em uma pessoa que quebra tabus e regras de vestimenta.
A minha essência nunca vai ser perdida, prometo. Mas minha forma de ser tem que ser mudada por hora. Depois deste sábado, que considero um rito de passagem, serei normal.
Esperando por um “MIKE”, que também mude por mim.
Acredite: um filme pode ser uma forma de você perceber o que você precisa fazer. Dentro daquele curta ou longa metragem pode conter uma mensagem importante. Uma mensagem que você já tenha visto, mas que não servia para você naquele momento.

Beijos, remetente.

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