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Vou ir ao supermercado.
Ao supermercado não, vou ir à loja onde vende sementes.
Quero comprar sementes de girassóis. Comprar um monte de sacos de sementes.
Não vou alimentar uma ave presa em uma gaiola.
Na verdade, vou libertar uma.
Uma ave que está presa há tempos.
Um corvo cheio de mal agouros, uma ave carniceira.
Vou rasgar os sacos no dente e jogar nos campos secos dessa cidade.
Na calada da noite, esparramar sementes nas portas das casas tristes e vazias.
As casas mais macabras e fúnebres.
E depois de espalhar todas, semear uma por uma... vou deixar a natureza seguir o seu curso.
Vou deixar que as pequenas sementes, cresçam de dentro para fora e de certa forma, eu serei uma daquelas sementes. Crescendo de dentro para fora.
Aquela pequena semente que precisava apenas de um empurrãozinho para se tornar uma flor amarela.
Uma grande flor amarela.
E depois que todas as casas estiverem com um toque de cor... a cidade, de cima, parecerá uma paleta.
Aquarelável. Fantástica. Viva.

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