
Eis que estou do outro lado do rio.
Vejo pessoas na margem contrária rindo, conversando. Estão todas felizes.
O rio me separa de tudo. Mas separa, principalmente, do amor. Ele é um barquinho que pode me ligar à margem alegre.
Não posso nadar até lá sozinho. Na verdade não sei.
Uma vez subi nele. Pouco tempo depois ele afundou ainda na margem. Não era forte o bastante.
Outrora, naveguei em outro amor até o meio do rio, mas estava sem remos. Sem direção, ele bateu em uma pedra, se quebrou e eu me afundei em águas desconhecidas. Afoguei-me, e boiei desmaiado até a margem de origem.
Eu consigo ver as pessoas acenando para mim, me chamando para rir junto delas. Ser feliz. Correr, viver, amar !
Mas eis que estou do outro lado do rio.
XOXO






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