Apresentação do grupo de Jazz do Gustav Ritter ( eu no centro ), em 2009
Todo final de ano é a mesma coisa :
Ensaio, ensaio, suor, cansaço, ensaio, ensaio, suor, desidratação, imunidade baixa, quilos à menos, ensaio e por fim as apresentações.
É um processo cansativo e doloroso, mas no final elas conseguem levantar o meu ego durante todo o próximo ano.
É bom fazer apresentações de dança, é mais que bom, é perfeito.
Minhas costas, na maioria das vezes, doem de tanto peso e carga que elas carregam. E depois quando elas acabam, quero voltar a ter aquela dor e correria que os ensaios me proporcionavam.
Mesmo assim, me sinto unicamente confortável no palco. Já até me acostumei com aquele friozinho na barriga que dá antes de entrar.
Quando eu subo nele, somos só nos dois. O palco e eu. Dois personagens de uma história de aventura que se completam, não conseguem viver longe um do outro.
Ele me transporta a lugares inimagináveis, com muita adrenalina e no final, prestígio por um trabalho bem efetuado.
Então, continuo ensaiando para não decepcioná-lo.
Não me preocupo tanto assim com o público, pois eles conseguem expressar se gostaram ou não.
Com o palco é diferente. Eu devo tomar minhas próprias conclusões, pois ele é sempre assim : calado, silencioso e sério.
Totalmente o meu oposto.
Beijos, Remetente.