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I still alive

Sophia, sumi por um tempo. Então irei atualizá-la do que passei ( de ruim, claro... você sempre me ajuda) esses meses:

Fui jogado pra escanteio, fui enganado, fui iludido, fui traído. 
Apostei fichas que nem tinha em um relacionamento estranho, onde apenas eu me dedicava e gostava. 
Corria atrás, tentava renovar o relacionamento toda vez que tinha uma "fase ruim", tentava fazer a pessoa feliz de todas as formas possíveis. E o que ganhei? Isso mesmo, ganhei maus tratos, falta de educação, ganhei selo de trouxa. Mas no fundo, ganhei experiência.
Passei por tudo. Exatamente tudo. Desde o crime básico ao mais feio mesmo. Fiz coisas terríveis, e hoje aprendi a como tratar os seres humanos. Aprendi a ser sincero com as pessoas que nos amam, ou que apenas gostam mesmo, que estão apaixonados por você... falar quando gosta e quando não gosta, porque assim, você não engana. 
A melhor forma de saber como reagir às situações é passando por elas, é se deixando à mercê de algumas vergonhas. Todo mundo tem que ter sentido vergonha para aprender à não se sujeitar à certas situações. 
Vergonha de assumir isso tudo? Nunca. 
Teria vergonha de esconder. 
---------------------
Agora, Sophia, estou vendo no que minha vida vai dar. Estou lutando pelo o que é meu, estou tatuando meu corpo ♥ ...
Estou apostando em mim. Estou tentando ser alguém que ainda pode ter um relacionamento, mas estou deixando as coisas livres. Estou averiguando.
Observando. 
Me contendo.
Lutando por dentro.
Estou vivo, Sophia, acho que foi essa mensagem que quis passar com esta carta. Ficarei bem.

Beijos, remetente. :/

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Lópolis, a cidade modelo.

Sophia, meu amor, hoje iremos ler uma metáfora (outra) sobre um contentamento descontente.


Havia uma cidade chamada Lópolis.
Existia muito excesso e pouca simplicidade. 
Era uma cidade que priorizava o luxo e os sanduíches vendidos por um palhaço.
Muita gente gorda, e nessa época - anos 2030 - já não existia pássaros, nem árvores, nem nada de natural. 
Circos com pessoas vestidas de tigres, zoológicos com gente que nascia com algum problema físico,
e claro, muita gente com o ego inflado e as mentes anoréxicas ( essa frase não é minha, agradeço ao José por ter postado isso ).
Tinha um cruzeiro chamado "Magnific Experience", em uma rua de aproximadamente 500 metros que era feita somente de água. Uma piscina urbana de 500 metros onde passava um barco enorme.
Embarcavam nesse "cruzeiro" de 15 minutos porque o mar já tinha secado à muito tempo, e o preço para fazer esta viagem magnífica era absurdamente caro.
Todos à bordo, malas prontas...
Gente acenando com lenços brancos e chorando porque a filha ia "embora" ... 
O cruzeiro era conhecido por seus casos amorosos que foram originados lá. 
Cá entre nós, todo "Titanic" tem seu Jack e sua Rose.. (rs)
Mas enfim, a viagem maravilhosa tinha direito à cheirinho de maresia e até barulho de gaivotas. Não é um máximo? 
Sim, um máximo. Pelo menos para a população de Lópolis. 

Beijos, remetente.

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Pas de deux, variação... chame como quiser.

Querida Sophia, a metáfora da vez é sobre uma parte minha que você já conhece. Ou pelo menos, achava que conhecia.


Apesar de ter deixado a dança, sinto que ela nunca me deixou por um todo.
Vezes eu me pego fazendo alongamentos... fazendo exercícios... fazendo posições de pés...
A dança foi presente na minha vida em todos os aspectos. Até mesmo no quesito sentimental.
A dança entre a tragédia e a comédia começa quando temos que sorrir para encobrir um choro.. ficar sério e sumir, quando uma conversa é necessária.
Quando você chora enquanto os outros estão rindo.
A minha variação, a variação de vida, nunca para. Nunca.
Ela se mostra presente em momentos ridículos e em até momentos importantes.
Tantas vezes eu me senti como num palco.
Chorando ao lado do palco, e depois forçando um sorriso pra entrar e se apresentar. Pra ficar"apresentável" para o público que quer somente que você mostre o que você pode dar.
O que você tem a oferecer.
Ninguém se preocupa com o bailarino. As pessoas vão assistir a apresentação para que aquilo posso proporcionar algo bom pra elas.
Não existe preocupação, não importa.
Nunca importa.
Você sorri, apresenta e sai sorrindo.
E depois, volta chorando. Normal. :)

Beijos, remetente.

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Não sou reciclável

Não sou lixo processado. Sou material biológico.
Material que se desgasta e que não pode ser reaproveitado.
Material que se desperdiçado, não se compra, nem se arruma de novo.
Sou o mais feio de todos o que já passaram pela sua frente.
Sou o mais infantil.
Sou o mais mimado.
Sou o mais fútil.
Sou o menos culto.
Sou o mais carente.
Sou o mais dependente.

Mas apesar de tudo:

Sou o que menos se expôs.
Sou o que nunca fez o que os outros fizeram.
Sou o que nunca se deixou levar por uma simples conversa de chat.
Sou o que menos aproveitou a vida.
Sou aquele que ama muitos, porque acredita que o amor é o principal pra tudo.
Sou aquele que ao mesmo tempo odeia todos.
Sou aquele que você um dia, vai entender o porquê de chorar tão fácil.


Talvez eu devia desabafar aqui, e desforrar tudo em pratos limpos. Talvez eu devesse.
Mas cada um vai interpretar de uma forma.

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TIRED



Que vontade de viajar, de sair daqui.
Tomar banho de cachoeira, e na água gelada lavar a alma dessa Goiânia.
O sol daqui é quente, mas o vento continua frio.
Vento frio, sem escrúpulos, que chicoteia sem pensar duas vezes.
Talvez eu precise só de alguns dias fora daqui. Alguns dias longe dessa bagunça, dessas mesmas caras, desse mesmo povo.
Talvez eu precise de um tempo longe de um monte de gente, e levar ao meu lado só aquela pessoa que anda me fazendo sorrir com frequência.
Talvez o que eu precise, é só de uma viagem.

“Cansada de tudo, a mulher abajour desligou sua lâmpada.”

Beijos, remetente.

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OH.... your smell


Cheguei em casa, tirei a roupa e tomei banho.

Deixei a água quente escorrer por meu corpo, deixei ela desintoxicar a pele.
Limpei o corpo e olfato ( porque o olfato? Você vai entender, Sophia )
Fui jogar a roupa no cesto de roupa suja, mas senti que algo estava diferente, senti um cheiro diferente aos cheiros habituais da minha casa.
Aproximei a camiseta do rosto e deixei aquele cheiro me lembrar de onde ele tinha vindo.
Era o seu cheiro. Seu cheiro.
Ele veio forte e sem dúvidas, e com ele trouxe lembranças.
Lembranças de um dia engraçado, onde rimos de coisas fúteis e de gente fútil.
Trouxe a lembrança de um abraço confortável, um abraço feliz, acompanhado com batimentos acelerados pela felicidade.
E também a lembrança da despedida, mas ela não foi ruim, ela trouxe alegria em saber que vou ficar ao seu lado.
Quando dei por mim, senti o rosto dolorido.
Era um sorriso que veio com cautela e que não havia deixado minha face desfazê-lo como os habituais. Ele veio, e ficou. Ficou por um bom tempo.
Coloquei a camiseta suja em um cabide, para que eu possa relembrar de ti com apenas um gesto: sentir o aroma que ela trouxe.
Um aroma inconfundível de um perfume específico: o perfume da sua pele.
Obrigado pelo dia maravilhoso, obrigado por fazer deste dia inesquecível em minha memória.
Obrigado.

Beijos, remetente. 

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Uma simples palavra : nostalgia


Dê PLAY antes de começar a ler.

Essa música, sem dúvida é a mais nostálgica que existe pra mim.
Quando eu tinha cerca de 9 anos, lembro que minha mãe colocava a rádio Executiva. Uma rádio local muito conceituada aqui em Goiânia, por passar músicas lindas e com um exímio gosto musical.
Como era sempre à noite, as músicas sempre eram românticas e melódicas... músicas que tocavam fundo, com um "quê" de depressivas.
À noite, quando ela ia se arrumar para sair, lembro até mesmo do cheiro do perfume que ela borrifava, quando essa música toca.
Lembro-me de chorar várias vezes pedindo que ela ficasse, ou que ela me deixasse ir com ela.
Como não tive um pai presente, morávamos eu e minha mãe somente, quando ela me deixava para sair para o seu "programa de adultos", eu sempre ficava muito triste com sua deixa.
A casa não tinha sentido, quando ela não estava, não tinha mais a cara da nossa casa.
Ela colocava um jeans azul profundo apertado, e com aquele corpo maravilhoso... Um corpo feminino e atraente.
Ela usava sempre alguma coisa decotada, com cores vibrantes e marcantes, como o vermelho: a cor preferida dela.
Do escarlate ao vinho, ela se desdobrava naquele degradê de cores em seu guarda roupas pra poder escolher o tom exato que a definia naquela noite.
Eu ficava sentado na cama, observando a minha simples mãe se transformar em uma bela mulher com aquelas poucas peças, e me perguntava: Porque ela não é assim o dia todo?
Ela usava uma fragrância específica: Animale.
Aquele perfume sempre foi a cara dela. Ele a definia.
O barulho do salto alto apressado na casa, procurando sempre por algo que pudesse colocar na bolsa. Algo útil. Cheguei um dia a pensar se eu caberia dentro daquela bolsa. Se eu poderia acompanhá-la dentro daquele objeto tão importante pra ela.
Eu nunca coube. Eu nunca fui.
Enquanto eu ficava em casa, ela ia se divertir.
Eu a amo, e eu sempre vou amá-la. Sempre.
Minha mãe, meu ídolo particular.
Eu não entendia na época, mas hoje eu vejo que meu sacrifício era apenas um pagamento por tudo o que ela lutou por mim. Por ela ter conseguido ter feito quem sou hoje, sozinha.
Sozinha, da mesma forma que eu ficava quando ela saia.

Beijos, remetente.

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